Minha história aqui começou com o desafio de aprender holandês. Eu tinha 2 opções: a primeira seria entrar num curso de holandês para imigrantes onde eu levaria no mínimo 3 anos até conseguir o nível exigido para entrar na faculdade e a opção 2 seria fazer uma pós-graduação na língua holandesa dentro da Universidade. Claro que eu queria muito a segunda opção e imaginem o tamanho da minha alegria quando eu fiz um teste de QI do governo e descobri que eu poderia entrar na tal da pós-graduação (como falei num post anterior, aqui um aluno é julgado pelo seu QI)

E aí lá fui eu, primeiro dia de aula no meio de médicos, advogados, biólogos e todo tipo de profissão que vocês possam imaginar. Naquele tempo pensei em desistir pois eu estava uns 10 anos parada e meu conhecimento era muito limitado comparado com os demais.

E aí caro leitor, entra o fator psicológico que conta muito. Naquele meu primeiro ano eu tinha um técnico (alguém que tinha conversas individuais comigo para me motivar e ensinar a aprender o máximo de assuntos possíveis o mais rápido possível). Este técnico foi decisivo para meu sucesso na pós-graduação. Lá eu também tinha aula de fonoaudiologia, onde eu aprendi como falar determinados sons que o português não tem. Também aprendi sobre a cultura holandesa e belga e como me moldar a eles para ser melhor aceita na sociedade. Enfim, lá a idéia “aprender holandês” era bem mais ampla do que sair falando...

Um ano mais tarde eu estava pronta para enfim começar um bacharelado.

 Hoje eu curso o segundo ano de Contabilidade mas meu diploma de pós-graduação já está guardado na gaveta. Estranho, não?